África, centralidade das nossas ações neste semestre


Mais uma vez, o Casarão das Artes  realizou, no dia 25 de maio, uma celebração ao continente que é o berço da humanidade – a África. Em 2020, a homenagem ao continente foi feita em parceria com a OHM Kollektiv.

Convidamos os africanos Filinto Silva, caboverdeano, e Mauro Brito, moçambicano, para colaborarem conosco. Eles trouxeram preciosas  informações sobre o continente. Da diáspora brasileira, teremos a participação de Makota Cassia Kidoiale, de Dj Leo Olivera e da pesquisadora Rosália Diogo. O evento será permeado por falas e músicas que expressam o melhor da cultura musical africana. Convidamos vocês para acessarem as redes sociais dos realizadores do evento.

O Dia da África é a comemoração anual realizada desde 25 de maio de 1963 pela fundação da Organização de Unidade Africana (OUA). Nesse dia, os líderes de 30 dos 32 estados africanos independentes assinaram uma carta de fundação, em Addis Abeba, na Etiópia.  Em 1991, a OUA estabeleceu a Comunidade Econômica Africana e, em 2002, a OUA estabeleceu o seu próprio sucessor, a União Africana. No entanto, o nome e a data do Dia de África foi mantido como uma celebração da unidade africana e o tema do Dia de África 2012 é “África e da Diáspora”. A celebração de Nova York foi realizada em 31 de maio de 2011. Em Nairobi, foi comemorado no Parque Uhuru Recreational Park. Há de se notar que o Dia da África é celebrada como um feriado público em apenas cinco países africanos, Gana, Mali, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe. No entanto, as celebrações são realizadas em alguns países africanos, bem como pelos africanos na diáspora.

Dessa vez, o lançamento da 14ª edição da Revista Canjerê, em tempos de pandemia, foi virtual. Nessa oportunidade, e mais uma vez, em alusão ao aniversário de Independência de Moçambique, e em homenagem ao país irmão, o Casarão das Artes realizou, em parceria com o Museu das Minas e do Metal, Gerdau, uma live no canal do YouTube do Museu, no dia 25 de junho. O evento foi permeado por relatos históricos sobre o país e músicas que destacaram a riqueza da cultura moçambicana. Os relatos sobre Moçambique foram feitos pelo moçambicano Cláudio João Manjate, educador social e auxiliar administrativo, que mora em Belo Horizonte desde 2018; Alex Dau, escritor moçambicano e videomaker; Madu Costa, escritora, pedagoga, arte-educadora e contadora de histórias; Makota Cassia Kidoiale, liderança comunitária do Manzo Ngunzo Kaiango, kilombo urbano de BH e autora do livro “Ventos Fortes de um Kilombo”, além da pesquisadora e curadora do Casarão das Artes, Rosália Diogo. A curadoria das músicas moçambicanas ficou a cargo do professor, pesquisador e DJ Leo Oliveira. Moçambique alcançou sua independência, ainda que relativa, no dia 25 de junho de 1975, portanto, na ocasião da live, celebramos os 45 anos da jovem nação.

Aproveitamos esse espaço, para apresentar um pouco da história de Moçambique, chamado carinhosamente de a “Pérola do Índico”.


No dia 11 de julho, acompanhamos pela TV, no Programa Brasil nas Gerais, uma reportagem com @s parceir@s do Casarão da Artes –  PROJETO EN’CANTAR. El@s são Crianças e jovens negras que têm feito a diferença na cena artística da cidade. Elas apresentam contos, poemas, brincadeiras e canções que envolvem todo o público celebrando a valorização das culturas tradicionais do Brasil e do continente africano. Lúdica e interativa, a encenação se desenvolve com ricos contos populares como forma de transmitir conhecimentos e vivências de maneira simples e divertida. Brincadeiras e poesia não podem faltar. Em cena: Raisla Maria, João Lucas, Sarah Silva,  Zahi e o público.

Sara Silva, filha de pai compositor e baterista, teve o contato desde cedo com universo musical. Zah iAisha, filha de mãe sambadeira e pai rapper, sempre viveu a arte como forma de expressão. Meninas de uma voz encantadora que emociona a todos, começaram se apresentando em festas da família, interpretando vários gêneros músicas. A partir de 2015, começaram a escrever suas primeiras músicas, demonstrando o domínio da arte de compor. O repertório delas vai do samba a MPB em uma linguagem própria do universo lúdico da criança e hoje querem fazer dessa diversão um ofício.

Os irmãos Raisla Maria e João Lucas  são artistas mirins que atuam como atores, modelos, mestres de cerimônia e poetas. Nas atividades de literatura e educação, João Lucas recebe o título de “príncipe das letras” e Raisla o título de “princesa urbana”.

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