17 anos

Adilson Marcelino é negro, jornalista, e pesquisador de cinema e criador do site Mulheres do Cinema Brasileiro, disponível desde maio de 2004 e premiado em 2005 pelo cineasta Carlos Reichenbach.

17 anos. Parece que foi ontem que o site Mulheres do Cinema Brasileiro entrou no ar. Assim como parece que foi ontem o início da pesquisa que o antecedeu e que começou em 1991. Ou seja, há 30 anos. Naquele momento, mapear a presença da mulher no cinema brasileiro começou em coluna de jornal, depois migrou para o antigo e extinto Fotolog e, por fim, transformou-se em site disponível desde maio de 2004. Pioneiro em seu recorte, o Mulheres mapeia a participação das mulheres no cinema brasileiro desde a fase silenciosa até a atual e nas mais diferentes áreas, à frente e por trás das câmeras. 

São muitas as histórias durante essa trajetória que contribuíram para o registro da memória como entrevistar mulheres emblemáticas da cultura, como a atriz e cantora Vanja Orico, do clássico O cangaceiro, de Lima Barreto; a cantora Dóris Monteiro, que também atuou, sobretudo na década de 1950, e a atriz Eliane Lage, estrela da Vera Cruz.

Um Capítulo especial na história do site diz respeito às mulheres negras de diferentes áreas que o site já entrevistou, corpos pretos, artísticos e políticos. Abrindo alas, um trio de atrizes espetaculares: Ruth de Souza, em 2005, Léa Garcia, em 2004, Zezé Motta, em 2021. Além de outras como Adéle Fátima,  Zezeh Barbosa, Jussara Calmon, Roberta Rodrigues, Margareth Galvão, Zora Santos e Rejane Faria. Além da primeira cineasta negra, Adélia Sampaio, em 2007, e a extraordinária montadora Cristina Amaral, em 2005.

Enfim, o site Mulheres do Cinema Brasileiro faz um trabalho de formiguinha, mas muito feliz de já ter mapeado em entrevistas, perfis e homenagens, mais de 1000 mulheres que construíram e constroem a história do nosso cinema.

Foto: Adilson Marcelino – Crédito: Marco Túlio Zerlotini

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