Raquel Cabaneco: dança que corre nas veias

Por Well Mendes – Jornalista, fotógrafo e produtor audiovisual

Raquel Cabaneco cresceu rodeada pela dança. Desde pequena, via seus primos dançarem embalados em ritmos africanos que contagiam qualquer um, como Kuduro, Afrohouse, Semba e Kizomba, estilos musicais que já a marcavam desde a infância. “Eu sempre cresci nesse ambiente, ouvindo as músicas e vendo minha família dançando”, conta. Ali, a história de amor entre Raquel e a dança começava. Aos nove anos, teve seu primeiro contato com a dança através do projeto de uma igreja em Belo Horizonte. Nele, conheceu a dança urbana. Começou pela Break Dance, inspirada pelo gosto do irmão mais velho pelo estilo.

A partir de 2012, Raquel começou a dançar em outro projeto social no bairro Caiçara. Hoje, é professora de dança no mesmo projeto. Além disso, o ano foi um marco para a dançarina, que começou a pesquisar mais sobre danças africanas durante esse período. “Antes eu só dançava e gostava da música, mas passei a pesquisar a fundo e a perguntar para os meus pais sobre os estilos das danças ritualísticas”, explica. Hoje, sua principal fonte de pesquisa são as danças angolanas, precisamente o Afrohouse, Kuduro, Azonto, Semba e Kizomba. “Foi a partir desses estilos que eu redescobri minha identidade dentro da dança. Era algo que já estava estabelecido dentro da minha casa pelo fato de meus pais serem guineenses”, acrescenta.

Atualmente, Raquel trabalha no projeto Anjos D’Rua como professora de danças africanas. Além disso, cursa Fisioterapia, trabalha em um programa de extensão da escola integrada e ainda se organiza para frequentar a igreja aos domingos e para ouvir pessoas. “Tenho um amor muito diferente pelas pessoas e pelas histórias delas, então, sempre durante a semana, eu costumo tomar um café com uma pessoa ou encontrar outra pessoa pra trocar uma ideia. Eu gosto muito disso”, finaliza.

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