No editorial da edição 23 da nossa revista, chamamos atenção para o fim da Década dos Povos Afrodescendentes. E agora, estamos informando, com alegria, que a Organização das Nações Unidas renovou essa década. Assim, até 2034, teremos um tempo relativamente satisfatório para acelerar medidas urgentes, necessárias e enérgicas, visando estratégias de combate ao racismo e o fortalecimento da valorização da arte de matriz africana.
Iniciamos a nossa colaboração exaltando o cinquentenário da independência de dois países com os quais o Casarão das Artes Negras e a Revista Canjerê têm estreitado relações há décadas. Nos referimos à Angola e Moçambique. A independência de Moçambique se deu em 25 de junho de 1975. A de Angola, em 10 de novembro do mesmo ano!
Todo o conteúdo desta edição é voltado para oferecer informações sobre esses dois países. Destacamos a editoria Negócios, que traz um perfil de um moçambicano que contribui significativamente para a divulgação da cultura do seu país – Sergio Libilo. Na editoria Gente do Canjerê, mostramos como o escritor e aviador, Mauro Brito, é um profundo conhecedor da cultura moçambicana. Na editoria Cultura/Música, o destaque é para a valorosa musicalidade de Stewart Sukuma. Na editoria Moda, mostramos o talento e o potencial de inovação do estilista Taibo Bakar e na editoria Cultura/Artes Visuais fizemos um perfil do artista visual Jorge Dias. No que se refere à Angola, entrevistamos o antropólogo Isaias Lemos que também nos honrou com um texto sobre a cultura angolana na editoria Ensaio. Aniceto da Silveira e o seu projeto Leitura em Domicílio foi o destaque na seção Olhar Social.
A capa desta edição tenta refletir o nosso olhar sobre as confluências que buscamos entre Angola, Moçambique e Brasil: nela temos a imagem de um angolano, o principe angolano, Elizeyi Kimuanga, ao lado da nossa chefe de redação, Rosália Diogo, que o presenteou com a edição 23, cuja capa está estampada a imagem da escritora moçambicana, Paulina Chiziane.
E as notícias sobre esses dois países são muitas. Desejamos boa aquisição de conhecimento para vocês. E não percamos de vista que estamos também comemorando 12 anos do Casarão das Artes Negras e 10 anos de publicação da nossa revista!