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Baixe aqui a 22ª edição da Revista Canjerê 

Fonte: Karla Scarmigliat

Gente, com a ajuda de vocês, leitoras e leitoras, que valorizam a arte e a cultura de matriz africana, chegamos à 22ª edição da Revista Canjerê. Que vitória! Esta editoria está sendo fechada em maio, mês em que, no dia 25 é celebrado o Dia da África, que é a comemoração anual da fundação da Organização da Unidade Africana, hoje conhecida como União Africana, a 25 de Maio de 1963. A nossa maior relevância nesta edição é para evidenciar este africano, gigan te, pouco conhecido pela maioria das pessoas aqui no Brasil – Cheikh Anta Diop (1923-1986). Ele foi um polímata senegalês formado em Física, Filosofia, Química, Linguística, Economia, Sociologia, História, Egiptologia, Antropologia, versado em diversas disciplinas como o racionalismo, a dialética, técnicas científicas modernas, arqueologia pré-histórica. Enfim, um homem africano que estudou as origens da raça humana, e a cultura africana antes da colonização. Ainda hoje ele é considerado como um dos maiores historiadores africanos
do século XX.

Cheik Anta Diop utilizou todo o conhecimento acumulado pela humanidade até então, derrubando o racismo científico, para sustentar a tese que defendeu em toda sua vida: O Egito antigo como uma civilização negra. Justo nesse Dia da África, será inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, a exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, com a curadoria de Deri Andrade, nosso entrevistado nesta edição 22 da Revista! A exposição conta com 150 obras produzidas por 61 artistas de diferentes regiões do país. O objetivo é revelar a grandiosidade das obras de artistas negros, negras e negres do Brasil, ainda que muitas representações artísticas tenham ficado de fora. Ainda neste dia, o Casarão das Artes Negras fará um tributo ao continente africano, por meio da musicalidade, exposição de artes e contextualização histórica, por meio de um africano que vive no Brasil. Sobre esse evento, você poderá acompanhar em nosso site e nas nossas redes sociais. Mas, a revista tem muita coisa bem bacana, relacionadas às diversas manifestações culturais de matriz africana, pesquisada e escrita pelas nossas colaboradoras e colaboradores. Agradecemos mais uma vez o fato de você prestigiar a nossa revista, que é preparada com muito carinho!

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Rosalia Diogo

Jornalista, professora, curadora do Casarão das Artes Negras, chefe de redação da Revista Canjerê, Dra em Literatura, Pós-doutora em Antropologia.

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A escritora moçambicana, Paulina Chiziane, nasceu em 04 de junho de 1955, em Manjacaze, vila rural moçambicana na província de Gaza e mudou-se para Maputo ainda criança. Ela se tornou um forte ícone de reflexões sobre os processos de colonização e subjugo do seu país, quando alcançou a maioridade. O seu primeiro romance é Ventos do Apocalipse (1983). Talvez possamos considerar outros dois como sendo muitos polêmicos, na trajetória da escritora: Niketche: uma história de Poligamia (2001) e Ngoma Yethu – O curandeiro e o novo testamento (2015).  O primeiro problematiza sobre o tema poligamia x amantismo, dentre outros assuntos. O segundo aborda questões de fundo, como cristianismo, colonialismo e questões de crença na África.
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